O Que Eu Ganho Com Isso? A Triste Relação de Consumo Entre o Homem e Deus.
Por Felipe Dias dos Santos
O ser humano normalmente
baseia suas escolhas nos benefícios que elas trarão, seja uma simples barganha
na compra de um produto ou serviço, ou até uma complexa relação interpessoal. E como fica Deus nesta história? Infelizmente,
muitos decidem por Cristo baseados nas “bênçãos” e “vantagens” que pode
alcançar. Será que a vida cristã se tornou uma relação custo-benefício?
De acordo com o art. 2º
do Código de Defesa do Consumidor, "Consumidor é toda pessoa física ou
jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final".
Mas o que isto tem a ver com a vida Cristã? Bom, se alguém diz ser “crente”, mas está mais preocupado com a prosperidade, poder, conquistas, curas, entre outras “bênçãos”, seria visto como um “consumidor”, pois considera o que Deus pode proporcionar como “destino final”, ou seja, tais coisas são mais importantes do que o próprio relacionamento com Deus.
Mas o que isto tem a ver com a vida Cristã? Bom, se alguém diz ser “crente”, mas está mais preocupado com a prosperidade, poder, conquistas, curas, entre outras “bênçãos”, seria visto como um “consumidor”, pois considera o que Deus pode proporcionar como “destino final”, ou seja, tais coisas são mais importantes do que o próprio relacionamento com Deus.
Nos primórdios do cristianismo, entretanto, as coisas não era assim, as pessoas que realmente se convertiam eram capazes de enfrentar a morte por causa de Cristo. E muitas enfrentaram efetivamente.
Como está escrito: Por amor
de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o
matadouro. Romanos 8:36
O que se passava na
mente daquelas pessoas? Quais entendimentos possuíam que hoje está escasso? Talvez,
o mais simples de todos:
Porque Deus amou o mundo de
tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16
Eles possuíam um coração
tão grado pelo amor de Deus, sentiam-se tão devedores da graça maravilhosa, que
não se importavam com a vida terrena, seu principal objetivo era a vida eterna,
e tinham como missão espalhar a salvação para o maior número de pessoas
possível.
Parece que esta mesma
salvação já não é mais suficiente para alguém se converter, exige-se um “algo
a mais”, uma vantagem nisso tudo. A vida eterna já não é motivo de conversão, precisa-se
de “bênçãos” aqui na terra, em primazia dos anos vindouros.
Não me entendam mal, por
favor. Não há nada de errado querer uma família bem estruturada, um bom
emprego, uma ótima qualidade de vida e uma saúde de ferro. Mas isso não pode
ser o nosso principal objetivo de vida, mas sim, amar a Deus [...] de todo o teu coração,
de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças.
Marcos 12:30
E como se ama a Deus? Morrendo
para o mundo, para o padrão de vida que ele impõe. Morrer para o consumismo
exacerbado, para o “comamos e bebamos, pois amanhã morreremos.”
Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 1 João 2:15
Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 1 João 2:15
Nenhum servo pode servir
dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a
um e desprezar o outro. [...] Lucas 16:13
É como disse Rodolfo Abrantes certa vez: “Se Ele entregou a Sua vida por mim, nada mais justo do que eu entregar a minha vida para Ele.”
É como disse Rodolfo Abrantes certa vez: “Se Ele entregou a Sua vida por mim, nada mais justo do que eu entregar a minha vida para Ele.”
Lutero, o pai da reforma
protestante, quando escreveu a canção “Castelo Forte”, entendeu que a vida neste mundo não se compara com a eternidade
que está por vir:
Se temos de perder
Família, bens, prazer;
Se tudo se acabar
E a morte enfim chegar,
Com Ele reinaremos!
Quantos amam a Cristo o
suficiente para viver só para Ele? Quantos realmente se arrependem, ou querem
se arrepender dos seus pecados? Quantos compreendem a profundidade, porém simplicidade, da salvação? O evangelho é simples: Deus nos ama e tem um plano
maravilhoso para nós, entretanto o pecado nos separa d’Ele, onde apenas Jesus é
capaz de nos limpar, mas, para isso, precisamos aceita-lO como único e
suficiente Senhor e Salvador.
Ao aceita-lO como
Salvador, reconhecemos que estávamos condenados pelos nossos pecados, sendo
libertados por Ele. Contudo, ao aceita-lO como Senhor, significa que seremos
seus “servos”, morreremos para o mundo e viveremos apenas para Ele.
Muitos O aceitam como Salvador, mas não como Senhor, porque querem ainda querem desfrutar de todas as “regalias” que o mundo tem para oferecer, numa verdadeira relação de consumo para com Deus.
Muitos O aceitam como Salvador, mas não como Senhor, porque querem ainda querem desfrutar de todas as “regalias” que o mundo tem para oferecer, numa verdadeira relação de consumo para com Deus.
Porque para Deus somos o bom
perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes
certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida para
vida. E para estas coisas quem é idôneo? 2 Coríntios
2:15-16
Que possamos viver apenas para Deus, seguindo suas Leis e Estatutos, remando contra a correnteza do mundo e seus padrões, para experimentarmos a boa, agravável e perfeita vontade de Deus (Rm 12:1-2), em nome de Jesus!
Que possamos viver apenas para Deus, seguindo suas Leis e Estatutos, remando contra a correnteza do mundo e seus padrões, para experimentarmos a boa, agravável e perfeita vontade de Deus (Rm 12:1-2), em nome de Jesus!
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